Estão para criar maior devorador de corações que a madrugada
Tirando proveito do escuro, dilacera o pobre órgão
Como posso eu fugir disso?
Hoje sou vítima em potencial
Vítima miserável, nem testemunha por perto
Você que me lê?
Não. Se lhe perguntarem nem leu isto...
Não se atreva a delatar a madrugada
Tu, pobre como eu, também terá suas madrugadas de perigo
Nesses casos nem adianta deixar as luzes acesas
Portas trancadas
Nada disso traz segurança
Preciso é de calor
Calor de um fogo que não existe mais
Me resta encarar a madrugada de frente
Vencê-la para logo mais encarar uma manhã escura
Escura porque o fogo que aquecia, era o mesmo que iluminava
Apagou-se
Ao menos nas manhãs escuras, tenho o coração a salvo
Mas não feliz
Não mais seu.
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