sábado, 30 de janeiro de 2010

Inércia

Cruzei seus passos em direção a Lua
"Até onde quer ir?", ela me disse
Eu nem sabia o que respondia, tanto que nem me recordo a resposta
Segui por caminhos tortuosos...
De fato nem pareciam, tão macias as mãos que me puxavam...
E fiquei pelo caminho
No meio de um instante, estava no nada
Não lembrava por onde passei, como cheguei onde finquei-me
Só sentia a falta das já louvadas mãos
Cego!
Sem sentido!
Perdido!
Minha cabeça estava em algum lugar que não em mim
Alma, me deixou
Coração, esse bate sem graça e sem vontade
Espero por mim no meio do nada, com tudo ao redor
É de fato minha vontade
É o que eu quero!
Confesse a si mesmo, confesse...
Faço-o então
Minha vontade e querer é ela
Ela! Ela! Ela
Jamais torno a cruzar passos de alguém em direção a Lua
Manterei-me fincado a terra
Não se perde, quando não se avança
Inércia, aqui meu lugar.

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