Cruzei seus passos em direção a Lua
"Até onde quer ir?", ela me disse
Eu nem sabia o que respondia, tanto que nem me recordo a resposta
Segui por caminhos tortuosos...
De fato nem pareciam, tão macias as mãos que me puxavam...
E fiquei pelo caminho
No meio de um instante, estava no nada
Não lembrava por onde passei, como cheguei onde finquei-me
Só sentia a falta das já louvadas mãos
Cego!
Sem sentido!
Perdido!
Minha cabeça estava em algum lugar que não em mim
Alma, me deixou
Coração, esse bate sem graça e sem vontade
Espero por mim no meio do nada, com tudo ao redor
É de fato minha vontade
É o que eu quero!
Confesse a si mesmo, confesse...
Faço-o então
Minha vontade e querer é ela
Ela! Ela! Ela
Jamais torno a cruzar passos de alguém em direção a Lua
Manterei-me fincado a terra
Não se perde, quando não se avança
Inércia, aqui meu lugar.
sábado, 30 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Saudade e eu.

Ai que a vida é uma coisa engraçada. Muito. Age de cada forma inexplicável...
Hoje assisti a um filme, "Marley e eu” (daí o trocadilho sem graça do título). Engraçadinho. Um entretenimento com pouco mais de 90 minutos, saudável e que não ofende sua inteligência. Seria mais um filme corriqueiro se não fosse seu final e a forma como mexeu comigo. No fim, o cachorro "Marley" morre, deixando seus donos e nós, devido a narrativa do filme seus donos também, muito tristes. Mas, muito além daquele cachorro, vi minha história com um grande irmão que tive, e que se foi em meados do ano passado.
Quero frisar que por isso o Cinema tanto me encanta. A sétima arte tem muitas vezes a função de um álbum de fotografias, fazendo você lembrar-se e reviver momentos passados. Os filmes muitas vezes conseguem te invadir e fazer suas emoções vir a tona, se tornando parte de você. E tudo isso de forma muito particular. Daí o que pode ser besteira para alguns, pode ser preciosos para outros. Isso é arte meus amigos!!!(infinitas exclamações)
Em meu caso, trata-se de um gato, dos melhores que já vi. Foi, sem sombra de dúvida, a maior perca que tive até agora nessa vida. Às vezes, analisando esse meu pensamento, julgava-me equivocado. Como pode uma pessoa do alto de seus 22 anos julgar que a maior perca que teve, foi de um felino? Pois bem, o filme me afirmou esse pensamento. Vi o quanto eles sofriam pela partida não de um cachorro, mas de um membro da família. Exatamente como me senti. O choro de minha parte foi conseqüência natural ainda dói lembrar-se dele, e da falta que faz.
Terminado o filme, fiquei certo tempo pensando nele. E ficou, aquela saudade boa. Saudade de uma coisa que você teve a felicidade de amar, e que o tempo não vai tirar do seu peito. E por mais que a vontade de abraçar e ter junto de você não possa ser saciada, você sente um afago, que só a saudade do que muito se ama pode trazer. E mesmo que a saudade não seja prazerosa, a boa lembrança de quem se ama, é um dos maiores prazeres possíveis.
Que falta que você faz... Não tem coisa que deixa mais saudade que amor e carinho sincero, e você foi isso em essência. Que a vida me permita carregar essa saudade, que traz consigo a grande dose de amor que foi você.
Sinto que estamos juntos, e a lembrança, é um lugar que como os outros, permite mais que tudo, a presença do Amor.
Obrigado, meu irmão.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Descobri uma terra chamada Haiti, no meu peito.
Uso este meio para tantas coisas, e hoje ele se faz útil para mais uma: Lamentar.
Lamentos vindos de uma ilha. Uma ilha onde o ar é composto de elementos de tristeza e o hino oficial é o choro dos que não tem noite de paz.
Tomei conhecimento da tragédia no dia que aconteceu. Sonhos mortos, pessoas separadas e sofrimento mais acentuado do que nunca de um povo, que há muito já padece.
Hoje senti os tremores por aqui. Escala 10.0 na escala Artéria. Era no meu peito. Era a dor em minha alma, das imagens que eu via. Pessoas soterradas; humanos desesperados vendo outros dos seus mortos; valas com milhares de crianças, idosos, pais e mães sem respirar; gente como a gente, saqueando lojas, supermercados... E não encontrando o que mais querem: Paz.
Haiti, e seu povo, é um país destroçado pela colonização e exploração. Sua história segue com revoltas armadas, estados de sítio, embargos comerciais e dor. Dor de um povo que nasceu em um solo enraizado por sangue e ganância dos comandantes. Como se não bastasse tudo isto, vemos agora reclamações do povo, que solicitam que as ajudas internacionais sejam repassadas direto a população, sob o pretexto de que os governantes estão ou vão tirar proveito das doações. Parece impossível, mas existe "gente" sim capaz de fazer isso.
E os tremores seguiram em meu peito. Os choros e as cenas de terror ecoando na minha cabeça... Talvez fosse melhor ver isto tudo e nem se abalar. Dar as razoáveis respostas de "que tinha que ser assim". Mas pra mim é difícil.
Vejo-me embaixo dos escombros. Pedras pesadas, que me amassam com minha sensação de impossibilidade perante uma situação dessa. Queria estar tentando salvar alguém, passar horas nas buscas, mas estou aqui, digitando sentado numa cadeira.
E tudo isto torna a dor maior, a sensação de angustia mais dilacerante.
Dor de um povo que já sofre quando começa a existir.
Mais do que a reconstrução da capital Porto Príncipe, com certeza, os Haitianos querem um cessar nesse sofrimento, que é sua História. Querem avistar no horizonte um pouco de amor e paz.
Sim, é disso que eles precisam, e eu também. Quiça assim os tremores no meu peito acabam.
O mundo está com dor.
Sinto as dores do mundo.
Lamentos vindos de uma ilha. Uma ilha onde o ar é composto de elementos de tristeza e o hino oficial é o choro dos que não tem noite de paz.
Tomei conhecimento da tragédia no dia que aconteceu. Sonhos mortos, pessoas separadas e sofrimento mais acentuado do que nunca de um povo, que há muito já padece.
Hoje senti os tremores por aqui. Escala 10.0 na escala Artéria. Era no meu peito. Era a dor em minha alma, das imagens que eu via. Pessoas soterradas; humanos desesperados vendo outros dos seus mortos; valas com milhares de crianças, idosos, pais e mães sem respirar; gente como a gente, saqueando lojas, supermercados... E não encontrando o que mais querem: Paz.
Haiti, e seu povo, é um país destroçado pela colonização e exploração. Sua história segue com revoltas armadas, estados de sítio, embargos comerciais e dor. Dor de um povo que nasceu em um solo enraizado por sangue e ganância dos comandantes. Como se não bastasse tudo isto, vemos agora reclamações do povo, que solicitam que as ajudas internacionais sejam repassadas direto a população, sob o pretexto de que os governantes estão ou vão tirar proveito das doações. Parece impossível, mas existe "gente" sim capaz de fazer isso.
E os tremores seguiram em meu peito. Os choros e as cenas de terror ecoando na minha cabeça... Talvez fosse melhor ver isto tudo e nem se abalar. Dar as razoáveis respostas de "que tinha que ser assim". Mas pra mim é difícil.
Vejo-me embaixo dos escombros. Pedras pesadas, que me amassam com minha sensação de impossibilidade perante uma situação dessa. Queria estar tentando salvar alguém, passar horas nas buscas, mas estou aqui, digitando sentado numa cadeira.
E tudo isto torna a dor maior, a sensação de angustia mais dilacerante.
Dor de um povo que já sofre quando começa a existir.
Mais do que a reconstrução da capital Porto Príncipe, com certeza, os Haitianos querem um cessar nesse sofrimento, que é sua História. Querem avistar no horizonte um pouco de amor e paz.
Sim, é disso que eles precisam, e eu também. Quiça assim os tremores no meu peito acabam.
O mundo está com dor.
Sinto as dores do mundo.
domingo, 3 de janeiro de 2010
E o por que de escrever?
Já me falaram, "você pode ganhar dinheiro escrevendo".
Não disse nada, ouvi e não pensei.
Só vim a degustar a questão momentos depois...
Tenho outros afazeres que podem me render dinheiro.
Sou abençoado com o Teatro e o Cinema em minha passageira vida.
Ah, o quanto amo essas duas formas de expressão!
São figuras das mais formosas, das mais belas.
Mas em outro momento profiro meu amor quanto a elas.
Me abstenho a escrita. O que quero com ela?
Tinha que me dar esta reposta, me dei e partilho com vocês:
Quero Amor.
Quero que você ame mais, que o mundo ame mais, que eu ame mais...
Caso, qualquer coisa que escrevo, brotar um pouco de amor em algum lugar, estou feliz.
Só estou aqui, escrevendo, por amor. Só.
Quão feliz seria eu, se o amor dos outros, fossem representados visualmente por palavras minhas.
O amor é o maior bem do mundo,
e ele exalado por todos os cantos, é o melhor pagamento que eu poderia ter.
Visto que tudo que escrevo é pra ele e por ele.
Não disse nada, ouvi e não pensei.
Só vim a degustar a questão momentos depois...
Tenho outros afazeres que podem me render dinheiro.
Sou abençoado com o Teatro e o Cinema em minha passageira vida.
Ah, o quanto amo essas duas formas de expressão!
São figuras das mais formosas, das mais belas.
Mas em outro momento profiro meu amor quanto a elas.
Me abstenho a escrita. O que quero com ela?
Tinha que me dar esta reposta, me dei e partilho com vocês:
Quero Amor.
Quero que você ame mais, que o mundo ame mais, que eu ame mais...
Caso, qualquer coisa que escrevo, brotar um pouco de amor em algum lugar, estou feliz.
Só estou aqui, escrevendo, por amor. Só.
Quão feliz seria eu, se o amor dos outros, fossem representados visualmente por palavras minhas.
O amor é o maior bem do mundo,
e ele exalado por todos os cantos, é o melhor pagamento que eu poderia ter.
Visto que tudo que escrevo é pra ele e por ele.
Pra que a ingratidão de um título? Que seja essa pergunta o mesmo.
Ah, toquei.
Toquei seus olhos, toquei sua boca, queria tocar sua alma.
Seu coração, que toquei por tantas vezes, não permitiu.
Por que o egoísmo?
Por que não se divide comigo?
És de todas as partes bela, tem o dom de ser o que eu quero.
E eu, pobre, só tenho o que escrevo.
Talvez amar em letras não seja tão prazeroso...
Creio que o amor em pele é mais feliz que em um papel.
Partilhe comigo, quero abrir mão, e alma, dessa tarefa de pôr as letras em ordem.
Isso cansa, estou enfastiado de amor a sós.
As palavras não fazem companhia e a noite não me esquenta.
Saiba, que o quê me nega, nem te pertence.
Isso!
O amor é posse do mundo, a Alma é posse do amor.
Você, pobre como eu, só tem de riqueza a beleza, e aquela que morre.
Mas, que digo?
Não quero dialogar com a ingratidão!
Tenho sono, tenho aqui amor e alma.
Que siga como quiser, mas te desejo amor.
Amor, Amor, Amor...
E partilhe comigo, se quizer...
Beleza, que mesmo que passageira, eu amo.
Menos que a sua alma, que assim como eu, vive a sós.
Toquei seus olhos, toquei sua boca, queria tocar sua alma.
Seu coração, que toquei por tantas vezes, não permitiu.
Por que o egoísmo?
Por que não se divide comigo?
És de todas as partes bela, tem o dom de ser o que eu quero.
E eu, pobre, só tenho o que escrevo.
Talvez amar em letras não seja tão prazeroso...
Creio que o amor em pele é mais feliz que em um papel.
Partilhe comigo, quero abrir mão, e alma, dessa tarefa de pôr as letras em ordem.
Isso cansa, estou enfastiado de amor a sós.
As palavras não fazem companhia e a noite não me esquenta.
Saiba, que o quê me nega, nem te pertence.
Isso!
O amor é posse do mundo, a Alma é posse do amor.
Você, pobre como eu, só tem de riqueza a beleza, e aquela que morre.
Mas, que digo?
Não quero dialogar com a ingratidão!
Tenho sono, tenho aqui amor e alma.
Que siga como quiser, mas te desejo amor.
Amor, Amor, Amor...
E partilhe comigo, se quizer...
Beleza, que mesmo que passageira, eu amo.
Menos que a sua alma, que assim como eu, vive a sós.
Presente.
Aqui estou eu, no meio do caminho.
Nada, prestes a ser tudo.
Atrás, só tenho o passado.
Afrente, avisto só o furuto.
Permaneço no Presente, tempo ingrato.
Nunca é louvado!
Só proferem as boas ou más do passado e a incerteza,
mas esperança, de glória do futuro.
Fica o Presente perdido no meio dessas duas etapas
e fico eu perdido no Presente.
Perdido estou , porque o Presente não me orienta.
Ele tem medo do Futuro, e incerteza do Passado.
Não tem jeito, não tem cura.
Eu quero o agora. Não quero lembrar, não quero antecipar o que esta por vir.
Só queria ser esta noite, só queria ser a música que estou ouvindo.
Mas sou gente, sou vida.
Tenho uma tarefa no mundo, e uma certeza na cabeça: Amar e fazer com Amor.
Vou dar, por mim, um Presente ao passado e um Presente ao Futuro:
Esquecer que ambos existem e dar um Presente a mim, e a minha alma: O Presente.
Nada, prestes a ser tudo.
Atrás, só tenho o passado.
Afrente, avisto só o furuto.
Permaneço no Presente, tempo ingrato.
Nunca é louvado!
Só proferem as boas ou más do passado e a incerteza,
mas esperança, de glória do futuro.
Fica o Presente perdido no meio dessas duas etapas
e fico eu perdido no Presente.
Perdido estou , porque o Presente não me orienta.
Ele tem medo do Futuro, e incerteza do Passado.
Não tem jeito, não tem cura.
Eu quero o agora. Não quero lembrar, não quero antecipar o que esta por vir.
Só queria ser esta noite, só queria ser a música que estou ouvindo.
Mas sou gente, sou vida.
Tenho uma tarefa no mundo, e uma certeza na cabeça: Amar e fazer com Amor.
Vou dar, por mim, um Presente ao passado e um Presente ao Futuro:
Esquecer que ambos existem e dar um Presente a mim, e a minha alma: O Presente.
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