Acabei de ver na TV! Fiquei chocado! Mas tenho certeza do que vi. Vi com esses olhos que um dia outros olhos humanos hão de comer. Mas antes de explicar o absurdo que vi na TV, me desculpe desconhecido leitor, mas tenho que desabafar: Já estou a muito enfastiado de televisão. Ultimamente a minha tem servido de porta-antenas. É tanta imagem sem sentido, tanta movimentação sem motivo, que me seduz mais desligada....
Passado o desabafo, vamos ao que interessa, ou ao absurdo que não me apetece nenhum pouco, mas venho dizer-lhes por uma questão de informação. Pois aprecio a informação, assim como aprecio as paixões. Portanto, estava eu vendo TV, quando surgiu o noticiário: “Vão tombar a Praça Quintino Bocaiúva como patrimônio histórico!”(me permitam o acréscimo de algumas exclamações “!!!!!!!!!!!”. Pois assim soou em minha cabeça aquela exclamação solitária)
Fiquei perplexo!(“Vão tombar a Praça Quintino Bocaiúva como patrimônio histórico!”) Tanta a coisa a se fazer! Tanta a coisa se tombar! Que fato histórico houve naquela praça? Que ato de coragem foi ali executado? Que glórias aquele lugar era detentor?
Meu estado de estagnação era tão grande que mal pude entender o resto da notícia. Mas o fiz com sacrifícios, o fiz por uma questão de formar com mais coesão meus argumentos. Segundo o decorrer da notícia, a razão era que “foi local de boas palavras, sublimes olhares, silêncios explicativos e sábias decisões”. Continuaram dizendo inclusive, o que não creio, “que certa mesa, travestida de tabuleiro de jogo de damas, foi o palco central de tais acontecimentos, na citada praça”, e completaram com a anedota da qual fiz gosto, “a mesa de damas já estava confusa em sua função. Deixou de jogar em sua superfície peças, para mover destinos”. Coisa deveras mais complicada, hão de concordar.
Por fim, fiquei maravilhado com a notícia. Desculpem-me a contradição em que agora me ponho, mas ela é necessária. Ela foi planejada, para que o incrédulo que lê este texto, passasse pelas mesmas emoções e sensações que passei ao longo da notícia. Só queria partilhar estado de espírito, nada mais. Vamos então a minha conclusão: Acho divina essa idéia, divina! Quantas praças no mundo não mereceriam esta singela homenagem? Quantas humildes e singelas praças já não presenciaram estes mesmos fatos e lendas?
Eis as questões senhores que só são respondidas da seguinte forma: “tudo isso só houve devido a um poeta, devido a sua inabilidade de escrever o que acontece todos os dias em todas as praças.” Falta de assuntos pertinentes é do que sofre o pobre do poeta...
Prefiro coisas mais consideráveis, mas vos digo, já tive meus momentos em praças. Afinal, quem não os teve? Existe um só que não os teve? Réprobos dos mais abomináveis são os que me afirmarem que nunca tiveram os tais momentos!
Lembro-me e lembrarei sempre daquela praça, de suas belas mesas e refletores, refletores estrategicamente dispostos, diga-se de passagem. Mundo pequeno este caro leitor, mundo pequeno é como fecho minhas sucessões de palavras aleatórias. Mundo pequeno, pois esta praça que me recordo, chama-se, pois, “Praça Quintino Bocaiúva”. Agora tombada, agora erguida para...
(deixarei a reticência como final, me faltam palavras. Fiquem a vontade para completar a seus gostos. Assim permito, assim prefiro)
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3 comentários:
sabe que te amo né mano? su blog tá lindo, você é muito manoel carlos rs .. bjssss Andressa
sabe que te amo né mano? su blog tá lindo, você é muito manoel carlos rs .. bjssss Andressa
“Praça Quintino Bocaiúva”. Agora tombada, agora erguida para mais momentos, seus, de poeta!
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