quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Da amizade, com amor.

O poeta inventou o amor, segundo sabemos
E como é ignorante o poeta
Ignorante, mas de bom coração
Tudo que queria era disseminar o bem através de algo imortal
Defino eu, ignorante, o poeta de tal forma por uma única questão
O poeta não inventou o amor, só deu novas palavras a uma luz chamada amizade
E o poeta, falho, pagou pela falta de criatividade iniciando sua invenção com o mesmo "am"
Juntando, nesse ato insólito, convenhamos, o amor e a amizade
"Am"or, sorte sua que existe o poeta
Poeta, sorte maior ainda a tua, de ser a "am"izade um bem do mundo, sem posse
Eu, como pobre que sou, dou graças ao poeta pelo amor
Dou graças a vida pela amizade
E descanso com a pergunta das madrugadas de paz
"A amizade, assim como o amor, é criação do poeta?"
Se assim for, me perdoe o poeta por julgá-lo ignorante
Pois, tal definição é justa a mim, que só vi que amor e amizade são as mesmas coisas,
quando pensei o que seria de mim sem essas duas glórias
Chorei então por perceber, que não seria poeta.